
A NOSSA IGREJA DIALOGA COM A CIDADE? Ou é apenas um grupo de pessoas que se reúne aos fins de semana para realizar “atividades religiosas”? Essa é uma questão que devemos atentar. John Stott escreveu: “As pessoas rejeitam o Evangelho, não necessariamente por considera-lo falso, mas porque ele já não faz mais sentido para eles”, e isso ocorre por uma razão que Zygmunt Bauman, respeitado sociólogo demonstra: “A mente moderna não [é] necessariamente ateia. O que a mente moderna fez, foi tornar Deus irrelevante para assuntos humanos. A preocupação com o ‘agora’ não deixa espaço para o eterno nem tempo para refletir sobre ele”.
Nas últimas semanas tenho pensado sobre o que a minha igreja local representa para a comunidade ao seu redor. Será que ela se transformou numa paisagem urbana onde milhares de pessoas passam à sua frente todos os dias sem prestar atenção na sua importância para a vida do bairro, ou os nossos vizinhos conhecem o seu potencial transformador? Como igreja, precisamos nos apropriar da cidade onde moramos. Deus ama as cidades e lamenta que o pecado e a incredulidade reinem sobre elas.
Somente a igreja de Cristo, cheia do Espírito Santo e imbuída da consciência de uma missão pode levar a mensagem do Reino transformador aos milhares e até milhões de corações que estão esmagados pelo pecado. Mas para que isso aconteça, precisamos dialogar com a nossa cidade, não precisamos ter medo de anunciar ao homem contemporâneo a proposta do Evangelho aos mais diversos temas que hoje a sociedade busca. Precisamos sair das quatro paredes e mostrar a face de Jesus por meio da mensagem de redenção.
Marcos Arrais